23 de maio de 2012

Convento da Tomina ( Santo Aleixo da Restauração )




A Casa de Nossa Senhora das Necessidades da Tomina era masculina, situava-se no termo da vila de Moura, e pertencia à Congregação dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos de Portugal e dos Algarves, inicialmente designada de Congregação de Tomina ou de Congregação de Nossa Senhora das Necessidades de Tomina.
Esta congregação foi fundada pelo padre Manuel de Jesus Maria (nome religioso de Manuel Beça Leal) que em 1677 se retira e isola em Tomina, recebendo ordens sacras de D.Fr. Bernardino de Santo António (bispo titular de Targa) em 1683.
Por alvará de D. Pedro II, dado a 4 de Março de (?) o padre Manuel de Jesus Maria, recebeu licença para fundar o convento.
Em 1702, por alvará dado a 11 de Maio, foi concedida uma porção de terra para a cerca dos Congregados.
A Congregação foi aprovada por Bula do Papa Clemente XI, em 23 de Dezembro de 1709, com a missão de assistência aos moribundos.
Em 1749, por alvará de D. João V, de 28 de Março, foi concedida licença aos Congregados para passarem para a ordem fundada por São Camilo de Lélis, passando a designar-se por Congregação dos Clérigos Regulares Ministros dos Enfermos de Portugal e dos Algarves. Pelo mesmo alvará se concedia autorização para ordem ser fundada nas Casas dos Congregados.
Em 1782, por alvará de D. Pedro III, de 17 de Abril, foi confirmada a doação da coutada de Moura e declarada a sua demarcação.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.
Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Em 1834, a 13 de Setembro, o escrivão com comissão do Dr. António Rodrigues de Lemos, juiz dos Órfãos e delegado do provedor do concelho, veio à Aldeia de Santo Aleixo, ao encontro do padre Caetano da Costa Machado, presidente do Convento de Nossa Senhora das Necessidades da Tomina, que tinha trazido consigo alguns dos bens mais valiosos do convento, que por estar situado no descampado da Tomina, estava mais exposto à guerrilha e aos ladrões.


[in Arquivo Nacional Torre do Tombo]



Frederica Rodrigues - Para vender, comprar ou arrendar em Portugal